Hoje, dia 07 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. E me inspirando na música de João Gilberto e brincando com as palavras, a meu ver, “quem não gosta de chocolate bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”. Deixando as jocosidades de lado, há uma longa história por trás dessa delícia: ele já foi objeto de rituais religiosos, bebida preferida dos nobres e moeda de troca das antigas civilizações.
Segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), o consumo em 2019 no País foi de, nada mais, nada menos, que 749 mil toneladas. O Brasil segue entre os países que lideram o volume de vendas de chocolate no varejo, ficando na 5ª posição e atrás dos EUA, Rússia, Alemanha e Reino Unido. O faturamento do mercado de chocolates no Brasil, em 2019, foi de R$ 14 bilhões. A indústria se concentra especialmente em São Paulo, mas há importantes produtores também na Bahia, no Espírito Santo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. O setor de chocolates fechou 2019 com um volume de produção de 756 mil toneladas, incluindo achocolatados em pó. As exportações desse mercado totalizaram 28 mil toneladas, enquanto as importações alcançaram 20 mil toneladas. Atualmente o Brasil exporta chocolates para 140 países.
Ainda de acordo com a Abicac, a Suíça é o país que lidera o ranking dos que mais consomem chocolate. Em média, cada suíço consome 8,5 quilos por ano. Em segundo lugar está a Áustria, com 8,2 quilos e em terceiro a Alemanha, somando 7,9 quilos por habitante anualmente. Já a média dos brasileiros é bem abaixo disso e gira em torno de 2,6 quilos por ano.
O chocolate, no modelo como é consumido hoje, foi resultado de sucessivos aprimoramentos realizados desde o início da colonização da América. Antes, e como já dito anteriormente, era comumente Descrição: https://www.milkpoint.com.br/img/artigo/conteudo/78750/consumido na forma de bebida. Na sequência, os europeus passaram a adoçar e misturar especiarias para ajustar o alimento e o moldando conforme as exigências e vontades iam surgindo. E foi então, com o desenvolvimento dos processos industriais e técnicas culinárias, que surgiu o chocolate feito com leite e a popularização do produto na forma sólida.
Para falar um pouco mais sobre o chocolate, que hoje é encontrado em diversos formatos, cores e sabores, convidamos Alê Costa, Fundador e CEO da Cacau Show para contar sobre o desenvolvimento da marca no Brasil.
Há mais de 30 anos no mercado, a Cacau Show é considerada a maior rede de chocolates finos do mundo e uma das maiores redes de franquias do país. “Nossa primeira franquia surgiu em 2002 e, desde então, não paramos de crescer. Em 2005, conquistamos o prêmio de Melhor Franquia do Ano, pela Pequenas Empresas Grandes Negócios, e, em 2010, abrimos nossa milésima loja. Hoje, estamos espalhados em muitas cidades em todo o Brasil, em quatro modelos e mais de 2.300 lojas”, disse Alê.
Segundo ele, a Cacau Show, cuja fábrica está instalada em Itapevi/SP, produz em média 70 toneladas de chocolates por dia, porém, como o mercado é muito sazonal, esse volume varia bastante dependendo da época do ano. E, para a fabricação da empresa, são utilizadas por mês 220 toneladas de leite em pó, além creme de leite, doce de leite e outros derivados em algumas composições. De acordo com Alê, eles têm fornecedores em diversas partes da escala de produção, desde matérias-primas, até serviços. “Cada um deles passa por diferentes processos para serem avaliados e selecionados”.
Além dos chocolates, a empresa passou a produzir já há algum tempo sorvetes da marca a fim de inovar e implementar novidades conforme o mercado. “Inclusive, possuímos carrinhos no litoral brasileiro para fazer essas vendas. Atualmente, produzimos 22 mil unidades de gelatos diariamente, de vários sabores”.
Expansão da empresa
Alê comentou que iniciou o processo de expansão por meio de pontos dedicados (lojas) no ano de 2000, no modelo de concessão de marca. A partir de 2004, migraram para o modelo de rede de franquias. “A franquia traz importantes vantagens competitivas para o negócio, como por exemplo, maior velocidade de expansão, uma vez que contamos com parceiros de negócios em todo o território. Hoje estamos presentes em mais de mil municípios e as pessoas são efetivamente donas do negócio e têm esse sentimento pela marca. Uma vez que o franqueado investe recursos financeiros para abertura de sua operação e entre tantos outros que poderíamos mencionar, o sistema de franquias, acima de tudo é uma rede colaborativa de negócios, pois os franqueados têm em comum com o franqueador o interesse na prosperidade e crescimento do negócio”.
Modelos de operação da Cacau Show
Hoje, os modelos de operação são vários:
- Os quiosques, que atendem locais de alto fluxo como terminais rodoviários, galerias de supermercados, shoppings e universidades que não possuem espaços para lojas;
- Lojas smart que atendem um determinado perfil de cidades menores e bairros de cidades grandes;
- Lojas convencionais (que é a grande maioria das operações)
- Mega stores, que são lojas que ocupam entre 300 e 500 m² e proporcionam experiências absolutamente diferenciadas para os clientes, contribuindo para a força de marca.
Questionado sobre qual é maior desafio hoje para a Cacau Show, Alê destacou que é a continuação da reinvenção do negócio. “Em especial nesse momento pandêmico, que exige mais das plataformas digitais e dos investimentos para as vendas online. Estamos vivendo intensamente e unicamente cada um dos dias e entendendo as necessidades dos nossos clientes e do mundo”, finalizou.
E depois disso, que tal se deleitar em um delicioso chocolate para comemorar essa suculenta data? Além de apetitoso, pesquisas apontam que o chocolate pode ser um aliado da saúde, já que promove bem-estar respaldado na ação e aumento da endorfina e dopamina.
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